O Dia Internacional do Voluntariado, proclamado a 5 de dezembro de 1985 pelas Nações Unidas, é celebrado todos os anos como forma de incentivar, valorizar e agradecer o trabalho de voluntariado prestado por milhões de pessoas em todo o mundo.
Em Portugal o voluntariado tem vindo a aumentar, tanto ao nível das organizações que o promovem, como ao nível da quantidade de voluntários existentes. Ainda assim, o número de voluntários em Portugal é reduzido se comparado com a média europeia.
O voluntariado é um ato de cidadania, sendo cada vez mais uma componente importante no percurso da vida das pessoas, contribuindo para reduzir as disparidades sociais e para promover a necessidade e o dever de ajudar o próximo.
Todos podemos ser voluntários, todos podemos tocar corações. E, assim, vale a pena mudar a direção do nosso olhar para quem precisa. Todos temos algo para dar – temos dois braços para abraçar, temos lábios que se transformam em sorrisos, temos ouvidos prontos para escutar. Procuramos que a dor do outro nos toque como se fosse nossa e que saibamos, senão extingui-la, pelo menos amenizá-la É normal que o voluntário se sinta bem com o que faz, mas a finalidade da ação é sempre o outro, sempre. No entanto, quem não fica alegre, por partilhar experiências, amor partilhar vida? Voluntário é alegre porque se dá.
No enorme e avassalador puzzle da vida, o voluntário quer ser e sabe ser, quase sempre, o mais insignificante ator que proporciona felicidade e atenção a tantos que, de verdadeiramente seu, já só têm doença, solidão e sofrimento, tal como escreve o nosso Presidente da Federação Nacional dos Voluntários em Saúde.
O voluntariado é exercido por pessoas, é a possibilidade única de, junto do nosso próximo, não só tomar contacto com o sofrimento humano, mas também de viver o amor, a solidariedade, a partilha a entrega. Ser voluntário é a forma mais digna e mais humana de praticar a cidadania.
O voluntário não pode viver de aparências, mas de essências. Ao voluntário exige-se competência para fazer bem o bem. No ano de 2018, os voluntários da nossa Associação Elos de Esperança- voluntariado no Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Unidade de Portimão, nos diversos serviços deste Hospital contabilizaram 20.378 horas de voluntariado. Acolheram, encaminharam e orientaram 41.547 utentes que se deslocaram para consultas e exames. A Hora da Partilha, ofereceu 1.577 litros de chá e 11.181 bolachas.
Neste dia, dos muitos dias importantes para nós, vimos expressar a nossa gratidão a todos os que, de alguma forma, colaboram e tornam possível a realização dos nossos sonhos, a realização das atividades executadas no âmbito da nossa missão.
Maria Fernanda Cabral Teixeira é presidente da Associação Elos de Esperança, grupo de voluntariado no Centro Hospitalar Universitário do Algarve – unidade de Portimão.