David Santos, presidente da comissão política distrital do PSD Algarve, entende que o processo de escolha dos candidatos social-democratas aos concelhos da região evidencia uma abertura à sociedade. O partido confirmou e anunciou, no dia 21 de junho, os cabeça-de-lista aos 16 municípios, havendo apenas seis concelhos onde os sociais-democratas concorrem sem o apoio de qualquer outro partido. Nas Câmaras onde o PSD já é poder é renovada a confiança em Carlos Silva e Sousa (Albufeira) e Rui André (Monchique), que concorrem sem coligações. Ainda sem o apoio de outros partidos, a distrital do PSD aprovou José Inácio (Lagoa), Rogério Pinto (Silves), Elsa Cordeiro (Tavira) e Conceição Cabrita (Vila Real de Santo António), isto porque, neste último caso, o atual presidente Luís Gomes atingiu o limite de três mandatos.
Os atuais presidentes de Câmara Francisco Amaral (Castro Marim) e Rogério Bacalhau (Faro) concorrem em coligações com outros partidos. Já noutros concelhos o PSD indica como cabeças-de-lista Jorge Inácio (Alcoutim), Hélder Cabrita (Aljezur), Nuno Serafim (Lagos), José Graça (Loulé) e Bruno Costa (São Brás de Alportel).
Em Portimão, o PSD concorre em coligação com o CDS-PP, sendo José Pedro Caçorino o candidato à Câmara Municipal. Em Vila do Bispo, os sociais-democratas apoiam o independente Afonso Nascimento, tal como em Olhão, que apoiam a candidatura de Luciano de Jesus.
A distrital destaca a «elevada participação de cidadãos independentes nas listas aos diversos órgãos autárquicos, em particular em Olhão e Vila do Bispo», sublinhando os «movimentos espontâneos da sociedade civil, visando sempre, e em primeiro lugar, a defesa dos interesses das populações de cada um dos concelhos».
No «processo foi privilegiado, como critério de escolha, o facto desses homens e mulheres serem pessoas a que reconhecidamente, em cada comunidade, lhes estejam associados predicados como a competência, a idoneidade, a credibilidade e a identificação com os princípios da democracia e da social-democracia», lê-se na nota.
Contactado pelo «barlavento» David Santos, presidente da distrital social-democrata, quando questionado se este apoio às candidaturas independentes e este elevado número de coligações poderiam indicar que o partido mostraria uma posição de fraqueza, rejeita esta ideia.
«Acho é que temos candidaturas que fazem com que outros partidos se queiram juntar a nós. Além de que nós entendemos que, se os partidos não perceberem os movimentos da sociedade em cada um dos concelhos, não percebem nada do que é política».
David Santos reforçou ainda que «os partidos têm que estar muito atentos ao que se passa nos concelhos» e esta abertura aos movimentos da sociedade também faz «parte das orientações estratégicas regionais e nacionais» do partido.