«Mapalata» foi filmado no Algarve e é o primeiro filme de Diogo Morgado enquanto realizador. Estreou no dia 14 e está em exibição no cinema Algarve Shopping, na Guia.
«Uma história simples, despretensiosa, bem-disposta, feita com muita humildade, e muita dignidade e respeito, e com uma grande aposta na pré-produção e nos ensaios». É assim que o ator português Diogo Morgado descreve «Malapata», a sua primeira longa-metragem enquanto realizador. Contou com a ajuda do irmão Pedro Morgado para escrever o argumento, também com uma mão do algarvio Patrício Faísca na edição e produção. O elenco junta nomes bem conhecidos como Rui Unas, Marco Horácio, Luciana Abreu, Manuel Marques e o próprio Diogo Morgado, mas também a cantora Ana Malhoa e o mágico Luís de Matos.
O enredo retrata a história de Carlos (Rui Unas) e Artur (Marco Horácio) que, de um dia para o outro, ganham a lotaria. Milionários e levados pelo entusiasmo, fazem as maiores e mais disparatadas excentricidades. No entanto, o prémio também atrai infortúnios bizarros. Concluem que são vítimas de uma inexplicável «má sorte» que os levará a entender que as melhores coisas da vida não se compram.
O produtor cinematográfico algarvio Patrício Faísca, com 30 anos e natural de Almancil, já havia trabalhado anteriormente com Diogo Morgado durante a produção de uma curta-metragem. «O Diogo ligou a convidar-me para uma longa-metragem, porque tinha gostado do meu trabalho. Nesta altura, estávamos a menos de dois meses da data das gravações. Li o argumento, achei interessante e aceitei», contou ao «barlavento». No início, o filme «era para ser rodado em Lisboa. Mas a história podia passar-se em qualquer parte do mundo», por isso, decidiu «convencer o Diogo que, no Algarve, podíamos reunir as condições necessárias. A Câmara Municipal de Faro e o Hotel Faro acabaram por ser cruciais para a produção do filme» no sul.
A rodagem decorreu durante apenas 13 dias, entre Faro e Lisboa, e a pós-produção em estúdio demorou cerca de seis meses. O filme contou com um orçamento de 25 mil euros «investidos pelos próprios irmãos Morgado». A ante-estreia decorreu no dia 14 de março, no Teatro das Figuras e contou com sala cheia. O filme está em exibição em 19 salas de cinema do país, e, no Algarve, pode ser visto no cinema Cineplace Algarve Shopping, na Guia.
A equipa gostaria de avançar com uma sequela, pois «o Diogo já tem uma ideia engraçada para a continuação desta aventura», refere Patrício Faísca. Tudo dependerá das receitas e do sucesso.
Patrício Faísca fez o seu primeiro filme com apenas 14 anos, fundou a produtora audiovisual «New Light Pictures» em 2012 e conta já com uma longa experiência da produção de filmes, curtas-metragens e audiovisuais.
Sobre este algarvio, Diogo Morgado sublinhou que é «uma pessoa muito especial, que trouxe o filme para Faro. É um daqueles exemplos que me parte o coração. É um poço de talento, vontade e determinação. Faz filmes há vários anos, não tem tido muitas oportunidades, mas agora tem. A nossa missão é agarrar em todas as pessoas que têm talento e aproveitá-las para fazer algo válido. Algo de que todos os portugueses se possam orgulhar», sublinhou ao «barlavento».
Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, também presente na antestreia do filme no Teatro das Figuras, deu os parabéns a «Diogo Morgado por ter tido a coragem de sair dos grandes centros urbanos para gravar na cidade de Faro. Parabéns por ter usado a nossa identidade e aquilo de que melhor temos. É um projeto com grande valor», frisou.